Sobre o projeto

Tapeçaria "O concerto das damas" - Fundação da Casa de Bragança, Inv. PDVV7578
Porque é que compositores antigos como Mozart, Haydn ou Beethoven são tão conhecidos?
Porque é que são, ainda hoje, "cabeças de cartaz" nos teatros e salas de espetáculo em todo o mundo?
Porque é que as suas obras continuam a ser consideradas como bases fundamentais no ensino da música em todas as escolas de música do mundo?
A história da música revela que todos estes compositores conheceram períodos de fama na sua época, e que a fama os abandonou para abraçar novos nomes e novos estilos, mais modernos. O tempo fez o resto. Os seus nomes ficaram escondidos no mundo do esquecimento, e as suas obras e manuscritos descansam por baixo de camadas de poeira e fungos acumulados durante séculos. Até ao dia em que investigadores começaram a desenterrar estas obras, desvendar o seu conteúdo para que a sua arte possa ser entregue, como património cultural comum, a toda a humanidade. Mas em Portugal, a história da música lusitana está ainda por ser revelada.
Nesta série documental vamos contar a história de seis compositores portugueses dos séculos XVIII e XIX que, na época, não eram menos famosos, nem menos virtuosos do que Mozart, Haydn ou Beethoven, mas, ao contrário destes, a sua música é muito pouco conhecida, raramente ouvida, e quase nunca ensinada, inclusive nas escolas de música portuguesas. Há várias maneiras de contar a história da música portuguesa, uma delas é falar dos compositores. Para isso, convidamos historiadores, musicólogos e músicos, para nos falar de Portugal na época em que estes compositores viveram, da vida que tiveram e das obras que deixaram. Visitamos dezenas de instituições em várias regiões de Portugal, para pesquisar e filmar centenas de documentos históricos e manuscritos de música que nos revelam a vida e a obra destes compositores. Assim, fizemos para que este património cultural português possa ser divulgado, ensinado às novas gerações, interpretado pelos músicos e entregue ao cuidado da toda a humanidade.